Hong Kong Fu

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Problema em Criar Listas no Twitter ? SOLUÇÃO

 

Muita gente tem se queixado que não consegue mais criar listas depois que o New Twitter, nova versão do site foi lançado.

Eis aqui a Solução.

Quando você for CRIAR sua lista, NÃO PODE deixar o campo “DESCRIPTION” em branco — Você precisa escrever qualquer coisa ali —basta colocar nem que seja uma vírgula ou um ponto.

A lista será criada normalmente desse modo.

As antigas listas criadas pelo velho Twitter são diferentes das que são criadas pelo New Twitter — Talvez você precise apaga-las e recria-las.

Ajudem a divulgar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

BLOGOSFERA: A DECADÊNCIA DO NOVO ORKUT

 

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Acredito que a grande maioria dos blogs seja constituída apenas por gente comum tentando se expressar; Blogs, Twitter, Orkut: Ferramentas simples usadas como terapia por pessoas que tentam se comunicar, pessoas em diferentes estágios de aprendizado e compreensão da Internet e seus recursos.

Quem é novo no BLOGGER só deseja uma coisa bem simples: montar seu Blog.

Simples assim.

Afinal aí está algo realmente legal, digno de se almejar: ter seu próprio Blog! Poder compartilhar seus pensamentos com todos. Você vai poder se comunicar com seus amigos, seus familiares, seus colegas de trabalho, e até para aqueles que você não reencontra há muito tempo — e, por que não? até com pessoas que ainda não conhece;

Poderá dizer a eles que músicas gosta de ouvir, seus discos preferidos; Pode recomendar filmes legais para a turma assistir no cinema ou alugar em DVD; E, veja só, pode contar sobre a viagem que vocês fizeram no último feriado! As possibilidades são infinitas.

Aí de repente, não mais do que de repente...

Aparece o Pessoal que já usa tudo isso há mais tempo e indaga para nós, reles mortais:

Mas qual é o seu público alvo?

—COMO?

Qual o propósito do seu Blog?

—COMO É? ACABEI DE DIZER!

Mas você já leu na íntegra todos os capítulos das 12.597 Dicas para se montar um Blog de Sucesso? Já planejou todos os 517 Passos Simples para arrebanhar seguidores e se tornar popular com os outros Blogueiros? Como você espera ganhar dinheiro com isso?

— QUE? ADSENSE? GANHAR DINHEIRO? ARREBANHAR SEGUIDORES? NÃO QUERO NADA DISSO!

Então você é medíocre, não merece ter um Blog e as únicas pessoas que vão ler o que você escreve são sua mãe e sua namorada!

— — — X X X — — — X X X — — —

Essa coisa de Blog é muito parecida com o ORKUT. Teve sua fase divertida, onde era legal participar, onde se podia fazer muitas amizades, conhecer muita gente, se divertir e dar muita risada a troco de nada e, melhor, sem frescuras.

Depois foi perdendo a graça e ficando uma coisa “séria”, chata, insuportável. O RESULTADO: Hoje o nome ORKUT é praticamente um palavrão, tipo de coisa que só quem faz questão de participar são os mal-intencionados da vida.

Os novatos, que estão começando agora, como eu, ainda não se dão conta desse processo de Orkutização da Blogosfera. São meio como caipiras em visita a uma cidade grande.

Quem é de outra cidade e visita São Paulo fica maravilhado.

Acha tudo com ar de primeiro mundo: A Avenida Paulista, o MASP, os espaços amplos da Avenida 23 de Maio, compara o Parque do Ibirapuera com o Central Park, e por aí vai. Existem inclusive turistas incautos que ficam maravilhados de vir para São Paulo e ficar num hotel no centro da cidade! (Entorno da Av. São João e crackolândia para quem não sabe)

Da mesma forma ocorre com a Blogosfera. Infelizmente à medida que se conhece um pouco melhor seu funcionamento, se constata que tudo é muito decadente e tem aquele clima de fim‑de‑festa do Orkut. Salvam-se um ou outro Blog de qualidade.

A esmagadora maioria está tão preocupada com “fórmulas de sucesso”, “Dicas para atrair visitantes”, “Estratégias Para Ganhar Dinheiro”, “Como Atrair Propaganda Para Seu Blog”, etc, etc — Que nem se dá ao trabalho de dar atenção aos leitores.

Essa coisa de manter um Blog — exceto para nós ingênuos, teenagers, ou românticos da vida — se tornou um grande negócio, uma maquininha de dinheiro e de gente chata pra cacete!! Gente que mal disfarça que só está atrás de FLUXO de visitantes para os Links dos Anúncios que hospedam.

Chega a ser nauseante de tão óbvio. Há aqueles blogueiros que apelam para o sensacionalismo da hora, tipo “Vejam, Novas Fotos da Mulher Melancia”, ou “As Novas 786 Fotos do Novo iPhone”, ou ainda apelam para um tipo de polêmica rudimentar e destinada apenas a aumentar o número de comentários através de brigas e atrair a ira de fã-clubes infanto‑juvenis.

Há muita vaidade na blogosfera; Uma verdadeira guerra de egos e culto de neo‑ciber‑celebridades, à la Luciano Huck, Xuxa, Adriane Galisteu, dentre muitos.

Muito raramente os autores dos Blogs admitem a discórdia a sua opiniões como bem vinda. O que realmente chama a atenção é que raramente oferecem coisas boas e positivas sem visar pedir nada em troca.

Ah sim, isso é generalizar, já sei. Ocorre que generalizar é um ótimo caminho pra poder mostrar uma tendência. Claro que todo mundo entende que existem as exceções — mas generalizando você expõe os aspectos gerais. Vide o Orkut.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

You Have to Fight!

Só destruindo a si mesmo, se descobre a força superior do espírito.”

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Eis um daqueles filmes que você PRECISA assistir duas ou mais vezes. Não é um filme qualquer, mas um filme com uma profunda mensagem que, indubitavelmente, mudará seu olhar de forma drástica. Isso se você tiver predisposição para esse tipo de pensamento. Baseado em Livro de Chuck Palahniuk, dirigido por David Fincher, posiciona‑se contra os mantras de uma geração onde o discurso do bom mocismo começa a se desgastar, deixando brechas para ser visto como uma forma de controle social. Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter encarnam personagens brutos e tensos.

Jack, um jovem insone e sempre apreensivo conhece um furtivo vendedor de sabão e juntos canalizam o instinto básico da agressividade masculina em uma nova e surpreendente forma de terapia. O conceito faz sucesso como "clubes da luta" que vão sendo montados em cada cidade.

Jack (Edward Norton) é um executivo yuppie que trabalha como investigador de seguros de uma grande montadora de automóveis. Ele vive muito confortavelmente, mas está em stress progressivo devido a prolongadas crises de insônia. Passa a extravasar sua ansiedade em sessões de terapia grupal ao lado de gente com câncer, tuberculose e outras doenças, pois só no meio de moribundos é que Jack se sente vivo e assim consegue dormir. Sua alegria só é interrompida pela chegada de Marla Singer (Helena Bonham Carter), uma viciada em heroína com idéia fixa de suicídio.

Repentinamente entra na sua vida Tyler Durden (Brad Pitt), um cara ainda mais neurótico que Jack. Eles se conhecem em um vôo e mal se falam, mas quando o apartamento de Jack explode misteriosamente ele vai morar com Tyler, que vive em uma mansão caindo aos pedaços. Tyler lhe oferece uma perigosa terapia-alternativa: por à prova seu instinto animalesco em combates corporais. Assim nasce o “Clube da Luta” que ganha diversos adeptos que aliviam suas tensões arrebentando cada um a cara do outro.

Com o tempo, Tyler demonstra que seus planos vão além da criação do clube — uma mania que ganha adeptos no país inteiro Tyler sonha em concretizar o seu "Projeto Caos".

Tyler é uma espécie de Jim Morrison ou Kurt Cobain sem talento para música. Suas habilidades, no entanto, são outras. Sabe fazer sabão, bombas e dar uma chance de vingança aos frustrados que encontraram no Clube da Luta, uma oportunidade de retomar a vida. É através do sabão, feito a base de gordura humana jogada fora por clínicas de lipoaspiração, que Tyler consegue recursos para espalhar filiais do clube pelo país e financiar ações terroristas em busca de uma “revolução”.

Tyler propõe uma solução peculiar para os vícios de um povo regido pela lógica do consumo, castrado de vontades próprias. Enxerga a cura justamente naquilo que outros tenderiam a ver como sintomas de uma sociedade doentia. É nas mazelas e distúrbios sociais do povão, em sua mente pervertida e no seu ímpeto jovem, que Tyler promove a salvação. Para ele, a vidinha normal de trabalho e televisão é que deve ser combatida.

O pensamento que o filme propõe é algo um tanto caótico, quase anárquico, um pensamento que faz a palavra "Niilismo" surgir em minha mente. Cansados da vida repetitiva e vazia dessa era Pós-Moderna, dos labirintos de concreto, do mundo capitalista, um grupo de homens decide mudar tudo através da mais simples AUTODESTRUIÇÃO. Lutar por lutar. Não importa a integridade física, o que importa é se sentir vivo e ativo, INDIVIDUAL — coisas que a sociedade atual simplesmente eliminou. Tais sentimentos e vivências foram destruídos paulatinamente através dos "direitos humanos", "igualdade" e  do pensamento politicamente‑correto, aniquilando assim qualquer chance do arquétipo do Herói se manifestar no mundo; Não há espaço para heroísmo, honra e coragem nesse contexto cultural, social e psicológico — há lugar apenas para a fraqueza, mentira e usura.

O "Clube da Luta" desestabiliza o sistema e o contexto moral da sociedade, apenas por se participar dele,pela experiência vivida. Com essa filosofia, se desperta o Super-Homem, o Übermensch e aproxima-se do Espírito. Também há a questão da Liberdade; As coisas que você possui começam a te possuir lentamente, colocando você num processo que te prende por relações afetivas ou obrigações. Quando você se vê livre de tudo isso, abandona tudo, perde todas as esperanças, percebe a Liberdade.

Subitamente o Clube da Luta — como qualquer grupo que se opõe ao sistema vigente — evolui para algo realmente político: o PROJETO CAOS, passando a agir como uma verdadeira  "Organização Terrorista" —  começa a atacar as instituições financeiras e levar sua ideologia ao nível da práxis.

No filme Fight Club a liberdade econômica e o conforto seriam a prisão do homem contemporâneo. A saída não é pelo prazer, mas pela dor; Não é pela aceitação do outro nem através de “paz e amor” como na época dos hippies, mas através do endurecimento físico e psicológico e na conscientização da falência do sistema sócio-econômico contemporâneo ocidental, da alienação, e do desapontamento total com o sonhos de consumo.

Clube da Luta não é sobre ganhar ou perder: É uma luta interna contra nós mesmos — É uma luta pessoal, uma tentativa para conquistar a liberdade, alcançada com muita dor e sacrifício, rejeitando as posses materiais, para só então, apenas depois que nos desapegarmos de tudo é que estaremos livres e não teremos medo de mais nada, adquirindo a habilidade de prestar atenção àquilo que realmente importa na vida.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Era Uma Vez…

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Por volta dos meus 7 anos começou minha paixão pela leitura. Devorava as histórias em quadrinhos, que eram abundantes na época — quem não se lembra: Mickey, Zé Carioca, Luluzinha, Mônica/Cebolinha, Brasinha, Bolota, Mortadelo&Salaminho, Heróis da TV, Capitão América, Kripta, MAD, Pancada, dentre muitas. O pessoal mais “descolado” então as trocavam em bancas nas feiras-públicas nos fins de semana — haviam “barracas” que trocavam e vendiam as revistas usadas aos montes! A garotada não precisava de sebo (nem sabíamos o que era isso).

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Minha paixão pela leitura explodiu por ocasião do ginásio. Todos os meses tínhamos que ler e preparar resumos de livros, bem como, uma prova específica a cada dois meses sobre outro livro. Era outra época, os livros que tínhamos que ler eram bem diferentes dos que a molecada de hoje é obrigada a ler. Não havia Harry Potter. Mas em compensação cada bairro da cidade de São Paulo possuía uma filial das Edições de Ouro — o paraíso dos livros infanto-juvenis de então; eram todos em formato de livros de bolso e razoavelmente baratos.

Havia centenas de opções e coleções diferentes: Perry Rhodan, Monitor, A Inspetora, Goiabinha, Júlio Verne, clássicos da mitologia Greco-romana e universal adaptados para adolescentes: A Medusa, O Minotauro, O Castelo de Circe, Ulisses — escritos por Orígenes Lessa, Maria Clara Machado (Pluft), dentre muitos. Havia também a série “Para Gostar de Ler”, que era uma coleção com crônicas e pequenos contos dos melhores cronistas brasileiros: Mario Sabino, Dalton Trevisan, Rubem Braga, etc. Ah, e não me deixem esquecer a coleção Vagalume (uma delícia de ler!).

Livrinhos pequenos, de bolso, com histórias curtas, inesquecíveis, que marcaram toda uma geração. Quem não se lembra ou que nunca foi obrigado a ler os tais “livrinhos”: “O Gênio do Crime”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, “Memórias de Um Sargento de Milícias”, “Sherlock Holmes”.

E agora relembro (com muita dor no coração) o grande amor da minha juventude: os livros da editora Hemus! Isaac Asimov (Fundação/Eu Robô), Ray Bradbury (As Crônicas Marcianas), Paul Anderson, Arthur C. Clarke — Esses já eram bem mais carinhos que os livrinhos das Edições de Ouro e, mesmo hoje, tantos anos depois, só são encontrados em sebos e a preço de ouro, como raridades e peças de colecionador.

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O tempo foi passando, e meus gostos e necessidades de leitura foram se aprofundando. Nos primeiros anos da faculdade cheguei a assinar e ler diariamente dois jornais ao mesmo tempo — isso fora toda leitura semanal a que era obrigado a acompanhar: um calhamaço por semana, no mínimo. Lia de tudo, como sempre, mas numa velocidade e voracidade muito maior do que hoje. Eu costumava brincar comigo mesmo ao fazer a contabilidade de quantos livros eu conseguia ler todo ano. Houve anos que cheguei a ler mais de 50 romances (Não acredita?).

Eu trabalhava, estudava, morava sozinho e ainda tinha pilhas de relatórios e trabalhos semanais para entregar — detalhe, tinham que ser todos datilografados!! Eu simplesmente não sei onde arrumava tempo e energia para fazer tanta coisa, tanto trabalho mental. Hoje em dia me dou por satisfeito se consigo ler uns 20 e poucos livros por ano, bem lidos, bem analisados e compreendidos página por página — Qualidade e não Quantidade.

Escrevia muito desde aquela época. Mas eram textos técnicos, sem estilo, não tinha intimidade (muito menos tempo) em escrever relatos mais pessoais ou literários (eu também precisava dormir afinal de contas). Lembro até hoje: eu tinha amigos que vinham me dizer que não acreditavam o quanto eu lia e produzia os textos; diziam para eu dar um tempo, que não era o super-homem; e na hora das provas então! Só faltava me baterem; O Povo literalmente arrancava a caneta da minha mão antes do tempo da prova expirar; diziam que eu, por escrever em excesso, “elevava a margem de normalidade estatística” das provas, tornando mais difícil para o resto da turma tirar boas notas!! (Há, Há) — na época o pessoal ainda não se tocava que quantidade não era sinônimo de qualidade, mas, modéstia a parte eu arrasava sim — aliás, infelizmente eu, ao mesmo tempo em que era considerado caxias e CDF, paradoxalmente não tirava as notas mais altas em todas as matérias — eu era terrivelmente prolixo e pedante, acho que nem os professores suportavam corrigir as minhas provas!

Escrever bem exige muitas habilidades subjetivas. Você precisa ser muito atualizado, ter boa capacidade de observação, doses generosas de senso de humor, espirituosidade, senso crítico minimamente apurado, boa formação geral, objetividade, clareza, etc, bem como, não pode cultivar vícios e/ou defeitos que acabam com sua redação, tais como ser prolixo, rebuscado, não dominar regras ortográficas, etc — E, para piorar de vez, mesmo você sabendo escrever de forma minimamente correta, se quiser expressar sua opinião pessoal você ainda por cima tem que reunir muitas informações e pesquisar muito bem sobre aquilo que vai falar, para não correr o risco de falar bobagem.

Não, não é fácil.

Na sua escrita sempre vai faltar algum elemento dessa equação toda: estilo, atualização, clareza, relevância, elegância...

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Primeiros Erros

No decorrer dos dias tenho muitos pensamentos, muitas idéias e observações sobre a vida, as pessoas e tudo que me cerca. São impressões muito pessoais, fruto de toda minha experiência de vida, de todos os erros e desacertos que já cometi — e olha que não foram poucos.

São ensinamentos que obtive às custas de muita leitura, muitos livros, muita observação e reflexão. Sinto que poderia metabolizar aquilo que me rodeia, processando e interpretando com meus próprios pontos de vista e opiniões. Quero contribuir com minha experiência e capacidade de raciocínio. Quero compartilhar essa parte de meu íntimo, da minha existência.

E desejo fazer isso escrevendo. Sim. Escrevendo. Porque quando escrevemos colocamos as coisas “no papel”, elas se materializam, se incorporam, deixam de ser coisa e pensamentos abstratos para se tornarem coisas materiais, concretas, e que não mais vão nos escapar. Quando colocamos em palavras os sentimentos, pensamentos e impressões eles se tornam permanentes e não mais fugidios, temporários — eles se tornam permanentes! Podemos moldá-los, trabalhá-los, compreendê-los melhor; Fica mais simples e fácil compartilhá-los e deixar claro para outras pessoas situações e contextos que, de outra forma, seriam muito trabalhosos de repetir e explicar no “boca-a-boca”.

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Sinto que posso melhorar a forma como expresso esses sentimentos e ideias, para que fiquem mais simples, mais elegantes e divertidos. Gosto imensamente de me comunicar com outras pessoas e se eu conseguir aprimorar essa capacidade, mesmo que a duras penas, terá valido a pena.

É por esta razão que criei este Blog. Este Blog é não para me exibir, nem para me envaidecer, mas sim, para registrar minha jornada enquanto tento desenvolver minha capacidade de comunicação. É uma tentativa de melhor expressar tudo que almejo, seja de forma ficcional, pessoal, sentimental ou o que vier.

Este é o começo. Quero que fique registrado que estas poucas palavras — sem estilo, pobres de relevância, mal elaboradas, tão pouco informativas ou com significado — estas simples e humildes palavras, rascunhos de emoções e projetos de futuros textos mais bem elaborados e portadores de mais bom humor, sutileza, elegância, fluidez e naturalidade. Quero que vocês acompanhem toda esta minha jornada. Quero que todos meus erros gramaticais e estilísticos fiquem aqui expostos a vista de todos testemunhando que um dia tive um início bem tosco e grosseiro na arte da escrita. Quero que todos vocês vejam como tive que me esforçar para escrever minimamente bem, quem sabe, algum dia. (Quem sabe)

É fácil ser engraçado e espirituoso quando se está conversando em um grupo de amigos ou de parentes. Muito difícil, porém, é tentar reproduzir a mesma graça, a mesma naturalidade quando se escreve, sozinho, isolado de pontos de referência humano que existem dentro de um bate-papo ao vivo. Se me lanço nessa empreitada é apenas porque acredito que sou capaz. Digo, não que eu acredite que tenha dotes literários ou intelectuais, longe disso. Mas acredito que tenho muita coisa a dizer a vocês que quiserem me acompanhar.

E porque ler e acompanhar a leitura de alguém como você?

Boa pergunta.

É isso que quero provar: que posso valer à pena; que garantirei um pouco de risadas para você; prometo pensamentos interessantes e originais, na medida do possível; prometo que você terá o melhor e o pior de mim (não nessa ordem); prometo que a correção gramatical e ortográfica não serão obstáculos para que você se junte a mim nessa jornada. Mesmo que eu escreva com péssima ortografia (arrgghh), com carência de recursos lingüísticos, sem muito estilo, originalidade, pensamentos profundos, grandes insights ou contos machadianos enfim, prometo ser leal a você que quiser me acompanhar.

Muito embora ainda não tenha definido um formato para este meu Blog — digo, ainda não sei se este será um Blog de humor, de pensamentos, de informações, de sátiras, de paródias, de contos, ou só para passar o tempo — O que posso garantir é que ele vai valer à pena. Sim, isso eu posso garantir e reafirmar.

Peço paciência a vocês. Escrever e publicar impressões num Blog são novidade para mim. Ainda estou meio perdido sobre como administrar um Blog na Internet! E, além disso, ainda por cima procuro desenvolver e melhorar minha capacidade de redação e expressão literária!!

É óbvio que tudo isto é um desafio para mim. Quero ver até onde consigo ir. Quero me surpreender, me superar e me perder.

Não se espante e nem leve muito a sério este meu primeiro poste. Na verdade, como já disse, não sei se vou levar a coisa para um lado mais humorístico ou se vou adotar um tom mais íntimo, mais cáustico, mais imprevisível...

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domingo, 27 de junho de 2010

Best boy e os mistérios do cinema

Gaffer. Key grip. Best boy. Foley artist.


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Quantas vezes, ao contemplar os créditos de um filme, você já não se perguntou que diabo essas figuras fazem numa produção cinematográfica?
E quantas vezes você pediu ajuda a um cinéfilo e ficou na mesma, pois nem ele sabia qual a exata função de um gaffer ou um best boy? Nem os americanos sabem, exceto, evidentemente, os que trabalham na indústria de filmes.

''Grip” já foi dicionarizado. A versão brasileira do Webster o define como carpinteiro. Por analogia, “key grip” seria o carpinteiro-chefe. Não é. São chamados de grip aqueles sujeitos que carregam e põem em ordem os mais variados equipamentos num set de filmagem e nas locações. O grip desloca móveis, monta câmera, empurra carrinho, puxa fio, ajuda a grua a subir, jamais pega num serrote ou numa plaina.

''Gaffer”, que em sua acepção corriqueira significa capataz, é o chefe dos eletricistas. Trabalha com o diretor de fotografia, arrumando as luzes necessárias à iluminação de cada cena, comandando uma equipe de eletricistas e cuidando do estoque de material do seu setor. Seu principal assistente é o best boy, assim chamado mesmo quando uma pessoa do sexo feminino exerce a função.

''Foley artist” é um técnico que só entra em cena na fase de pós-produção. É o sonoplasta, ofício que, ao contrário das aparências, não está com seus dias contados, pela simples razão de que certos tipos de som e ruído não constam do acervo de nenhuma sonoteca, por maior e mais versátil que ela seja.

Onde arrumar um ruído compatível com a imagem de um bastão de beisebol esmagando a cabeça de um ser humano, por exemplo? Só mesmo pesquisando, sem causar danos à cabeça de ninguém. Depois de experimentar dezenas de artefatos e efeitos, o sonoplasta de ’Os intocáveis’, versão Brian De Palma, descobriu que o som mais próximo de uma bordoada igual à que Robert De Niro acerta no quengo de um de seus asseclas com um bastão de beisebol é o de um pino de boliche acertando um peru, morto é claro, mas (detalhe importante) ainda cru.

Dá pra acreditar? Como que ele conseguiu avaliar isso?

Eu, hein...